quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Sobre como tudo isso começou

Acho que, no fundo, eu sempre soube que tinha alguma coisa em mim que estava fora do lugar. Desde sempre, eu me estressava com coisas que não me levariam a lugar nenhum. Coisas, pessoas, situações. É meio que assim até hoje, mas agora eu tento me controlar para não piorar a situação. Mas agravar, agravar MESMO, a situação agravou no ano passado.

Em abril/2017, eu fui demitida de um emprego bom. Não estou jogando a culpa na pessoa que me demitiu, nem na empresa. Eles não tem nada a ver com isso. Mas a sensação de fracasso começou ali, quando eu fui demitida. Na época, eu ainda fazia terapia, mas eu não me dava muito bem com a abordagem do meu psicólogo, e acabei saindo da terapia uns 2 meses depois. Sabe quando você sente que não se encaixa na abordagem da pessoa? Era mais ou menos isso que eu sentia, e por isso achei melhor sair do que continuar e ficar mais e mais insatisfeita.

O ano foi passando, e com ele foram vários currículos enviados. E com os vários currículos, as recusas. E com as recusas, o sono foi embora. Em meados de dezembro, eu já quase não dormia, tudo era motivo para eu chorar, e coisas pequenas me faziam brigar feio com o meu noivo. Por isso, fui buscar ajuda psiquiátrica. A princípio, começamos tratando a insônia, acreditando que se eu voltasse a dormir, talvez meus problemas se atenuassem. Não resolveu.

Claro, eu estava dormindo, tudo muito bom, tudo muito bem. Mas eu continuava com a sensibilidade à flor da pele. A cada nova recusa, a situação só piorava. Foi quando meu médico me indicou o escitalopram, que venho tomando desde o começo do mês.

Como eu tenho me sentido AGORA: parece que, quando eu fico nervosa, meio que meu cérebro "desliga", acredito eu que para me dar um "tempo de reação". É estranho, mas meio que estou conseguindo colocar a rotina nos eixos. E sono, muito sono durante o dia. Acho que agora eu não posso mais reclamar que eu não durmo né? Rs

As crises de ansiedade ainda acontecem (e vão continuar acontecendo, talvez com menos frequência), mas acho que faz parte da rotina de quem tem um problema como o meu. Mas eu ainda não desisti de levar uma vida normal. Cada dia é uma batalha, e eu estou disposta a vencer e aprender quando perder.

Nenhum comentário:

Postar um comentário